GALÁPAGOS - Uma viagem a Galápagos de Darwin

Puerto Ayora, maior centro urbano de Galápagos (Foto: Wikimedia)

Provavelmente, ao ouvir sobre as Ilhas Galápagos, a primeira coisa que vem à mente seja Charles Darwin. Afinal, o arquipélago ficou famoso, porque o naturalista formulou a Teoria da Evolução depois de viajar para lá em 1835.

Antigamente, era preciso economizar muito dinheiro para conhecer esse importante lugar científico e histórico. No entanto, para a sorte dos viajantes, o destino está bem mais acessível. Antes, a única forma de visitar o arquipélago era de cruzeiro, porque os viajantes não podiam permanecer na ilha. Mas, nos últimos dez anos, o governo equatoriano permitiu que as pessoas permanecessem em terra. Agora, quem for a Galápagos para se hospedar nas ilhas, entretanto, vai precisar de flexibilidade, bom humor e paciência. Mas a viagem parece valer a pena. Estima-se que atualmente 45% dos turistas fiquem hospedados nas ilhas.

Quem conta a experiência é a autora Allison Amend, para o New York Times. Ela explica que a comunicação sobre horários de barcos é escassa, que a instrução de caminhos nas ilhas é confusa e que as leis mudam rapidamente.

A experiência foi bem diferente da última vez que ela tinha visitado as ilhas, há mais de 20 anos. Na vez anterior, ela estava a bordo de um luxuoso cruzeiro na companhia dos pais. A boa notícia é que ela ficou surpresa de quão econômica uma viagem para Galápagos pode ser. Sua viagem de dez dias de Nova York para Galápagos custou menos de US$ 2 mil, incluindo passagens aéreas. Seu itinerário incluiu Quito, capital do Equador, e mais três ilhas do arquipélago.

O arquipélago é formado por 20 ilhas. Ainda que tenha ficado famoso por Charles Darwin, ninguém teve muito interesse nas ilhas até a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos abriram uma base aérea em Seymour North, também conhecida como Baltra (as ilhas podem ter dois ou mais nomes, em espanhol e inglês, o que pode confundir). Na década de 1960, o governo equatoriano declarou Galápagos um parque nacional e levou a sério sua conservação. Visitantes tinham que ser acompanhados por guias oficiais do governo e tinham que dormir em barcos para limitar a degradação ambiental.

Em sua visita anterior em 1992, a população total era menor que dez mil, com menos de 40 mil turistas ao ano. Agora, visitantes podem dormir em quatro ilhas. A população total chega a quase 30 mil com cerca de 200 mil visitantes anualmente.

Para entrar no arquipélago é preciso pagar uma taxa de US$ 100. Os preços das diárias em Puerto Ayora, maior centro urbano em Galápagos, que fica na Ilha de Santa Cruz, variam de US$ 15 por um albergue até US$ 500 num eco-resort luxuoso. Um quarto confortável com banheiro privativo e ar condicionado pode ser encontrado por US$ 40.

Na avenida Charles Darwin, há alguns restaurantes italianos e de frutos do mar. Já na avenida Baltra, há outros pequenos estabelecimentos que servem comidas no padrão equatoriano. Apesar de Puerto Ayora não ser uma cidade festeira, há bares que servem turistas até tarde.

Uma atividade popular é visitar a Fundação Charles Darwin, um centro de pesquisa. As exibições explicam a conservação no arquipélago. Outra programação comum é a visita a Reserva El Chato, a mais extensa reserva de tartarugas gigantes. Os túneis naturais formados por lava também são destino dos viajantes. Além de encontrar trilhas para todos os níveis, os turistas podem alugar caiaques nas praias.

Para visitar outras ilhas, é possível alugar dias em um cruzeiro, fazer pequenas viagens diárias de barco ou usar o transporte público de barcos.

Na ilha Floreana, onde a população é de cerca de 200 pessoas, não há lojas ou restaurantes. Como o viajante não pode levar comida para evitar contaminação no local, alguns residentes vendem refeições preparadas em suas próprias casas.

A reserva nacional Asilo de La Paz é uma das atrações principais da ilha. Numa caverna, próxima a uma fonte de água, foi onde se estabeleceram os primeiros habitantes de Floreana.

Na ilha de Pinzón, a escritora fez um mergulho com snorkel. Ela pôde ver pequenos tubarões e peixes tropicais. Na praia, avistou iguanas, albatrozes e corvos marinhos.

Durante a viagem, ela encontrou cientistas, viajantes e residentes e aprendeu um pouco de como era a vida nas ilhas, algo que provavelmente não seria possível no cronograma apertado dos cruzeiros. No topo da montanha de Floreana, ela vivenciou pela primeira vez, o silêncio calmo e profundo de ser a única pessoa em vários quilômetros.The New York Times

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