CONDENAÇÃO NA FRANÇA

Justiça francesa confirma condenação de Maluf a três anos de prisão

Paulo Maluf está na lista de procurados pela Interpol desde 2010 (Foto: Leonardo Prado/ Câmara dos Deputados)

A Justiça da França divulgou na terça-feira, 20, que manteve a condenação do deputado Paulo Maluf (PP-SP) a três anos de prisão e multa de 200 mil euros (R$ 725 mil) por lavagem de dinheiro no país, entre 1996 e 2003. Maluf, que já tinha sido condenado pela Justiça francesa em outubro de 2015, deve recorrer à decisão e levar o caso para a última instância.

Além do parlamentar, sua mulher, Sylvia Maluf, foi condenada pela Justiça francesa a dois anos de prisão e multa de 100 mil euros (R$ 368 mil), enquanto seu filho mais velho, Flávio Maluf, teve a condenação de três anos de prisão e multa de 200 mil euros mantida.

A Justiça francesa confiscou um montante de cerca de 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 6,6 milhões) em duas contas no nome de Sylvia. Além disso, a Corte das Apelações– tribunal de segunda instância no país – decidiu manter confiscada outra quantia, de cerca de 27 mil euros (R$ 100 mil), apreendida em 2003, no quarto do hotel Plaza Athénée, em Paris, na ocasião que o político foi detido.

Segundo a Corte das Apelações, esses montantes são frutos de desvio de dinheiro público e corrupção no Brasil. De acordo com as investigações, os montantes teriam origem em desvios na construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Jornalista Roberto Marinho, e do túnel Ayrton Senna, obras feitas na época em que Maluf era prefeito de São Paulo.

Outras condenações

Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro condenou Maluf a sete anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro, além de ter determinado a perda do mandato do deputado. Com a decisão do STF, o deputado está impedido de concorrer às próximas eleições, por conta da Lei da Ficha Limpa. Após a condenação no Brasil, a defesa de Maluf afirmou que recorrerá.

Maluf está na lista de procurados pela Interpol desde 2010 pela prática de desvio de dinheiro nos Estados Unidos. Parte do valor desviado das obras superfaturadas em São Paulo foi destinada a contas em um banco de Nova York. Desde então, o parlamentar está proibido de sair do Brasil e tem ordem de prisão decretada em 181 países.BBC

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