DROGAS - O grande problema da metanfetamina
No estado de Montana, nos Estados Unidos, a taxa de mortes ocasionadas pelas drogas é maior do que a ocasionada por acidentes de carros, suicídios ou armas de fogo. Os opioides são responsáveis por dois terços das mortes no estado. Apesar de todo o alarde sobre analgésicos e heroína ser justificado, isso ofuscou um problema ainda maior, a metanfetamina.
Antes de 2005, a metanfetamina era feita com remédios encontrados em farmácias misturados com outras sustâncias químicas. Por isso, em 2005, o Congresso aprovou uma lei, restringindo remédios, como efedrina, que era usado para fazer a droga.
Em vez de desaparecer, a produção da droga migrou para o sul do México. No país vizinho, a droga é produzida em laboratórios. Quase toda a metanfetamina consumida nos EUA hoje em dia vem do México. Segundo o Drug Enforcement Administration, órgão da polícia federal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos encarregado da repressão e controle de narcóticos, a droga custava R$ 293 por grama pura no final de 2007. No início de 2016, o preço caiu para US$ 66. No mesmo período, a pureza da droga subiu de 40% para 90%, potencializando o efeito da droga nos usuários.
Apesar das mortes por metanfetamina serem mais difíceis de monitorar dos que as por heroína ou cocaína, evidências sugerem que a taxa está aumentando. Entre 2010 e 2014, a droga era causa apresentada no atestado de óbito de quase 90% dos casos de mortes por psicoestimulantes em Montana.
A metanfetamina é um estimulante que aumenta a energia, a libido e, se usada em alta doses por longos períodos, pode estimular a paranoia e a agressão. Um estudo em Sidney, em 2010, revelou que usuários desta droga são duas vezes mais propensos do que usuários de heroína a cometer atos de violência. Para piorar, ainda não há tratamento médico para o vício em metanfetamina.The Economist
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