EFEITO DOMINÓ - Mais países podem barrar carne do Brasil, alerta Maggi

Ministro deve antecipar viagem aos EUA para reunião sobre a suspensão (Foto: Wikimedia)

Depois da decisão dos EUA de suspenderem a compra de carne bovina fresca no Brasil, o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), disse na sexta-feira, 23, que outros países também podem seguir os americanos e suspender a compra de carne brasileira.

Em Cuiabá, o ministro disse que pretende antecipar para a semana que vem uma reunião com o Departamento de Agricultura dos EUA, marcado para 13 de julho, com o objetivo de tentar resolver a questão, minimizando os prejuízos financeiros.

“Os Estados Unidos são guias para muitos países, especialmente os pequenos da América Central. O Brasil pode perder muito se essa situação não conseguir ser resolvida rapidamente”, disse Maggi.

Sobre a decisão ter sido causada por abcessos na carne derivados da vacinação contra febre aftosa – aplicada no Brasil – o ministro diz que é um problema facilmente resolvido.

“[…] A aplicação pode provocar isso se não for feita no local correto. O problema vai ser resolvido nos frigoríficos, com a limpeza das carnes antes da exportação”.

Ainda segundo o ministro, a pressão dos produtores americanos pode ter influenciado a decisão do governo de suspender a compra de carne brasileira. A decisão também pode refletir a operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e da presença da JBS em solo americano.

“Estamos sendo penalizados pela desconfiança gerada no Brasil. Se não há confiança aqui, imagine para os importadores?”, questionou Maggi.

A carga estimada entre 10 e 15 mil toneladas de carne que está atualmente a caminho dos EUA, por meio de navios, pode ser barrada. O prejuízo seria, estima-se, perto dos US$ 90 milhões.G1

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