AIDS não é mais uma doença 100% fatal


Aids agora é considerada uma doença crônica (Reprodução/Internet)

Nos anos 80, no início da epidemia, a AIDS era considerada uma doença 100% fatal. Com o passar do tempo, ela sofreu enormes transformações e, após o advento dos coquetéis, que nada mais são do que a combinação de medicamentos antiretrovirais, a doença deixou de ser mortal e agora é considerada crônica. É o que afirma Jaime Rocha, infectologista do Bronstein.
Segundo Rocha, os novos tratamentos transformaram completamente a cara da AIDS. O principal deles é a Terapia Antiretroviral Altamente Efetiva. “Hoje, só morre de AIDS quem descobre tarde demais ou não acompanha a doença adequadamente”, reflete o especialista.
Outra diferença do perfil da AIDS, se comparada ao início da epidemia, diz respeito à transmissão entre homossexuais, que prevalecia nos anos 80 e 90. De acordo com o Boletim Epidemiológico 2010 do Ministério da Saúde, entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a transmissão sexual. Nas mulheres, 94,9% dos casos registrados em 2009 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 42,9% dos casos se deram por relações heterossexuais, 19,7% por relações homossexuais e 7,8% por bissexuais. O restante ocorreu por transmissão sanguínea e vertical (mãe para filho). “Ou seja, a AIDS não é mais uma doença tipicamente homossexual”, reforça o infectologista.
Para Rocha, apesar de haver falhas no SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o território nacional, não podemos criticar o programa nacional de AIDS. “Realmente é um programa de sucesso, efetivo e que apresenta números muito impressionantes. Por isso, podemos afirmar que o Brasil é considerado um dos países exemplares no tratamento da AIDS”, afirma.
Quanto à vacina contra AIDS, Rocha diz que ainda estamos distantes de um produto de alta eficácia, seguro e comercialmente disponível. “Realmente nos últimos anos este campo apresentou avanços fantásticos, com testes bastante promissores e esperamos, futuramente, ter novas notícias”, fala.

Mais informações nos sites aids.gov.br ou saude.gov.br

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