O maior produtor de carne do mundo


JBS comprou empresa norte-americanas e se tornou a maior produtora de carne bovina do mundo

JBS: de Goiás para o mundo

A JBS começou em 1953 como um açougue criado por José Batista Sobrinho em Anápolis, Goiás. A empresa se expandiu rapidamente graças a uma economia brasileira de crescimento rápido, e mais recentemente à aquisição de outras empresas. Hoje, a JBS é a maior produtora de carne do planeta. Em 2010 sua receita chegou a R$ 55 bilhões, e apenas um terço desse valor veio de suas operações no Brasil.

A fábrica da JBS em Lins, a 450 km de São Paulo, é uma das maiores da empresa, e emprega 5 mil pessoas, que trabalham em dois turnos de oito horas, destrinchando e preparando a carne processada que abastece empresas como a britânica Princes, e pizzarias na Bélgica e na Holanda.

Já a carne fresca não pode ser exportada, e por isso, em 2007, a JBS comprou a Swift, na época a maior empresa de carne bovina dos Estados Unidos, com sede no Colorado. Dois anos mais trade, a empresa comprou a Pilgrim’s Pride, uma produtora texana de carne de frango. Os acordos foram, de certa forma, oportunistas: ambas as companhias passavam por problemas financeiros, e a JBS conseguiu arrecadar dinheiro no mercado brasileiro. Mas elas também deram à JBS a presença e o acesso necessários no mercado norte-americano. Isso, por sua vez, permitiu exportações para o Japão e outros mercados asiáticos dos quais ela havia sido mantida distante.

Como outras empresas emergentes, a JBS apostou na compra – e não na criação – de pequenas empresas. Uma frota de vans com o logo da Swift vende carne fresca nos arredores da fábrica de Lins. A empresa também está lançando uma marca de filés de alta qualidade. A JBS já vende carne bovina do Brasil para a União Europeia sob o esquema de cotas Hilton, que corta tarifas de importação para carnes de padrão superior. A JBS compra anualmente 2500 cabeças de gado do padrão Hilton de uma fazenda nos arredores da fábrica. A empresa é o único cliente da fazenda, e envia inspetores à fazenda quatro vezes ao ano para monitorar a comida do gado e as instalações da fazenda.

Como o frescor é vital para a alta qualidade da carne, os empregos nas empresas de processamento de carne não podem ser deslocados para locais com custos de trabalho mais baratos. “Você tem que estar onde as vacas estão”, diz Wesley Batista, um dos filhos do fundador, que comanda a empresa. A força do real torna as exportações do Brasil mais caras, e o dólar baixo é uma bênção para a filial norte-americana. Os Estados Unidos também têm outras vantagens. Impostos são mais simples e o mercado de trabalho é mais amplo que no Brasil. “Existe mais gente disponível com os talentos certos, e são bem instruídos”, diz Batista. Além disso, é mais fácil persuadir veteranos a se mudar do Colorado para o Brasil do que o inverso – outro sinal de um mundo de cabeça para baixo.

Fonte: The Economist

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