EX-SECRETÁRIO-GERAL DA ONU

Ban Ki-moon pode se candidatar à presidência da Coreia do Sul

'Estou disposto a dar tudo de mim pelo meu país e a minha determinação continua inalterada', disse Ban Ki-moon (Foto: Wikimedia)

O ex-secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-moon pode estar preparando uma candidatura para a presidência da Coreia do Sul. De acordo com a imprensa sul-coreana, o diplomata vem intensificando sua atividade política no país, o que indica uma possível “campanha preliminar”.

Desde que Ban Ki-moon retornou ao país natal, no último dia 12, tem mantido contato com líderes políticos, como o ex-presidente Lee Myung-bak e com a presidente afastada Park Geun-hye. Além disso, reuniu-se com jovens eleitores e populações mais pobres e visitou mercados populares, templos budistas e os túmulos de seis ex-presidentes sul-coreanos.

Ainda que não tenha confirmado sua candidatura à presidência do país, o ex-secretário vem sinalizando a intenção de servir o país. “Eu já disse que eu estou disposto a dar tudo de mim pelo meu país e a minha determinação continua inalterada”, disse Ban em sua primeira entrevista coletiva em solo sul-coreano.

Para especialistas, é apenas uma questão de tempo o anúncio da candidatura presidencial de Ban. “Ele ainda não fez o anúncio porque ainda não decidiu por qual partido concorrerá”, afirma Yook Dong-il, professor da Universidade Nacional de Chungnam. A expectativa é que o ex-secretário oficialize a candidatura na próxima semana.

Apesar de ter boas projeções para uma futura candidatura e ter sido recebido no país como um herói nacional, Ban pode ter problemas por conta de sua proximidade com a presidente afastada Park Geun-hye, que vem sendo indiciada em um escândalo de corrupção no país.

Ele, que no ano passado teve encontros sucessivos com a mandatária sul-coreana, tem procurado se distanciar dos grupos conservadores que se mantém leais a Park. No entanto, outros grupos direitistas o consideram não suficientemente conservador – citando, por exemplo, seu apoio a causa LGBT – e progressistas não se sentem à vontade com suas ligações anteriores com o partido conservador de Park.

Ao que tudo indica, Ban tem procurado seguir um meio termo e se descreve como um “conservador progressista”. Entetanto, para Song Ji-young, pesquisadora do Lowy Institute, de Sydney, na Austrália, e ex-consultora da comissão de direitos humanos da ONU, a estratégia de incorporar diversos grupos políticos não está funcionando.

“Especialmente após os escândalos de corrupção, os coreanos querem alguém que mude completamente o cenário político do país. Ban não representa essa pessoa”, disse Song.

Além de Ban Ki-moon, o ex-presidente do Partido Democrático da Coreia do Sul e candidato derrotado nas eleições de 2012, Moon Jae-in aparece como um dos favoritos à presidência.Washington Post


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