PRÊMIOS PRINCESA INVESTIGAÇÃO

Astronomia de ondas gravitacionais ganha Prêmio Princesa das Astúrias 2017

O Laboratório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser conta com a colaboração de aproximadamente mil cientistas de dezenas de instituições e universidades de cerca de 20 países. EFE/archivo/Julian Stratenschulte

A pesquisa científica conjunta de cerca de 20 países no Laboratório LIGO e três dos físicos que a promoveram, Rainer Weiss, Kip S.Thorne e Barry C.Barish, foram premiados nesta quarta-feira com o Prêmio Princesa de Astúrias de Investigação Científica e Técnica.

O prêmio foi devido a suas contribuições na detecção direta de ondas gravitacionais, nas quais se baseia a nova astronomia.

O Laboratório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO, sigla em inglês) conta com a colaboração de aproximadamente mil cientistas de dezenas de instituições e universidades de cerca de 20 países que trabalham na detecção de ondas gravitacionais que possam ser utilizadas na exploração das leis fundamentais da gravidade.

O físico americano Rainer Weiss foi o inventor da técnica interferométrica laser na qual se baseia o LIGO, que foi fundado por ele nos anos 1980 junto com seus compatriotas Ronald Drever e Kip Thorne, este último conhecido por defender a teoria dos buracos "de minhoca" para viajar no tempo.

O também físico americano Barry Barish dirigiu este observatório entre 1997 e 2006 e foi quem propôs em 1997 a implementação da Colaboração Científica LIGO (LSC, sigla em inglês) que conta com um laboratório em Hanford e outro em Livingston, nos Estados Unidos, e também com instalações em Hanover (Alemanha), onde os cientistas realizam as pesquisas sobre ondas gravitacionais de origem astrofísica e onde são desenvolvidos detectores destas ondas em larga escala.

A astronomia de ondas gravitacionais ajudará a explorar questões como a formação de buracos negros, a descrição correta da gravidade e como se comportam as estrelas de nêutrons e as supernovas em determinadas condições.

As ondas gravitacionais, que podem surgir da explosão de supernovas (explosões estelares), transportam informação sobre o movimento dos objetos no cosmos e permitem observar a história do Universo.

Os detectores LIGO começaram a funcionar em 2002 e, 13 anos depois, a Colaboração Científica LIGO anunciou a primeira detecção de ondas gravitacionais procedentes da colisão de dois buracos negros de características desconhecidas até esse momento.

Esse fato representou um marco na história da física ao confirmar a teoria feita por Einstein em 1916 e estabeleceu o início de um novo campo da astronomia.

Esta descoberta é considerada uma das conquistas científicas mais importantes do século ao validar um dos pilares da física moderna - a teoria geral da relatividade - e abrir uma nova janela para observar o Universo.EFE

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