POUCAS EXCEÇÕES... Empresas de capital aberto estão em declínio nos EUA

Musk é também um dos últimos empresários nos EUA que ainda acredita que as empresas de capital aberto são úteis (Fonte: Reprodução/Flickr)

A maioria das pessoas conhece Elon Musk em razão dos carros elétricos que fabrica e por sua vontade de colonizar Marte. Musk inspirou o personagem de Tony Stark, o playboy e inventor genial, do filme de grande sucesso de Hollywood, Homem de Ferro.

Mas Musk é também um dos últimos empresários nos Estados Unidos que ainda acredita que as empresas de capital aberto são úteis. Duas de suas empresas, a Tesla, a fabricante de carros elétricos, e a SolarCity, uma companhia de energia, são listadas na Bolsa de Valores. As empresas têm planos e orçamentos ambiciosos, e gastam dinheiro tão rápido como a terceira empresa, a SpaceX, gasta combustível de foguetes.

No entanto, esse tipo de empresa é raro no mercado atual. Gigantes corporativos como Microsoft e Johnson & Johnson estão mais rentáveis do que nunca. Porém, apesar do sucesso de algumas grandes empresas listadas na Bolsa de Valores, as empresas de capital aberto estão desaparecendo.

O número diminuiu de mais de 7 mil em 1996 para 4 mil. Startups como Uber e Airbnb preferiram arrecadar dinheiro nos mercados privados e nos fundos de capital de risco. É provável que o dinheiro captado nas ofertas públicas iniciais (IPOs) nos EUA em 2016 tenha uma queda de 50% a 75% em comparação com o arrecadado há dez anos.

As empresas de capital aberto estão em declínio por diversas razões. Como resultado das mudanças tecnológicas, as startups precisam de menos recursos financeiros para produzir um bem ou um serviço. Ainda mais preocupante, os executivos argumentam que a exposição ao público é uma fonte de grandes aborrecimentos. As empresas de capital aberto enfrentam cada vez mais um excesso de regulamentação. Além disso, na apresentação dos resultados trimestrais há sempre o risco de punição da Wall Street mesmo em casos de deslizes de curto prazo.The Economist