PROTESTO ESTUDANTIL... Estudantes ocupam quase mil escolas do país

Estudantes batizaram o movimento de Primavera Secundarista (Wilson Dias/Agência Brasil)

Estudantes de diferentes estados estão ocupando escolas em protesto contra a reforma do ensino médio e contra a PEC 241, que será votada nesta terça-feira, 25, na Câmara. O Projeto de Emenda à Constituição visa limitar o teto dos gastos públicos, o que pode afetar o setor da educação nos próximos anos. Segundo os estudantes, 850 escolas e 14 universidades estão ocupadas no Paraná. A secretaria de Educação, entretanto, confirma apenas 792 escolas. Em Minas Gerais, o governo confirma 38 escolas. E no Espírito Santo são, oficialmente, cinco. Os estudantes batizaram o movimento de Primavera Secundarista.

A reforma do ensino médio foi anunciada pelo presidente Michel Temer no final de setembro. Apesar de ainda precisar passar pela aprovação da Câmara, as medidas já podem começar a valer a partir do ano que vem. A ideia é que o ensino integral seja expandido e que ocorra a flexibilização do currículo.

As ocupações acontecem em meio às eleições municipais no Brasil. O problema é que as escolas, geralmente, servem como locais de votação. Logo, milhares de eleitores vão ter de votar em outro endereço nas eleições do próximo domingo, 30. Apenas no Paraná, a manifestação vai alterar a rotina de 700 mil eleitores.

Em São Paulo, os estudantes ensaiam aderir às ocupações desde o início de outubro. Na última segunda-feira, 24, a Escola Estadual professor Silvio Xavier Antunes, na zona norte de São Paulo, foi ocupada.

Um grande problema a ser enfrentado pelo governo é que se o protesto continuar, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre nos dias 5 e 6 de novembro, terá de ser cancelado nas escolas ocupadas. O ministro da Educação, Mendonça Filho, já pediu, na semana passada, que os estudantes saiam das escolas até a próxima segunda-feira, dia 31. “Faço um apelo aos estudantes do Brasil. Deixem os jovens se submeterem ao Enem”, disse o ministro. Segundo ele, seria necessário mais de R$ 8 milhões para a realização de um novo exame. Os estudantes, no entanto, pretendem seguir com o protesto.El País

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