ARGENTINA - Sindicatos argentinos marcam a 1ª greve geral contra Macri

Paralisação não inclui manifestações de rua (Foto: Wikimedia)

Os principais sindicatos argentinos anunciaram uma greve geral de 24 horas para o dia 6 de abril. Será a primeira paralisação geral enfrentada pelo governo do presidente Mauricio Macri, no poder há um ano e três meses.

O anúncio foi feito pelos sindicatos peronistas Confederação Geral do Trabalho (CGT) e Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), que agrega funcionários públicos, docentes e organizações sociais de esquerda. Esses sindicatos foram responsáveis por inúmeros protestos durante os governos não peronistas de Raúl Alfonsín (1983-1989) e Fernando De la Rúa (1999-2000).

O motivo da greve é o atraso na recuperação econômica prometida por Macri. A economia da Argentina sofre com um índice recorde de inflação, que em 2016 chegou a 40%, e o aumento no número de pessoas vivendo na pobreza. Somente no ano passado, o número pessoas vivendo nessa situação cresceu 1,5 milhão. O desemprego segue alto e a queda no índice de 9,2% para 7,3% anunciada pelo governo é contestada pelos sindicalistas. Segundo eles, o número de desempregados caiu porque as pessoas deixaram de procurar emprego e “se refugiaram na inatividade”.

“Nestes 15 meses tentamos reclamar com responsabilidade, apesar dos descumprimentos deste governo na mesa de diálogo. Mas temos a necessidade de dar uma resposta aos setores que representamos”, Carlos Acuña, membro da cúpula da CGT.

“Perdemos 52.000 postos de trabalho na indústria, caíram também no setor agropecuário, no setor mineiro. Queremos que o plano econômico inclua todo mundo e por isso vamos parar no dia 6 de abril por 24 horas”, disse Héctor Daer, outro integrante da CGT. Segundo Daer, o protesto não inclui manifestações de rua e terá foco apenas no “não comparecimento aos postos de trabalho”.

Desde que assumiu, Macri adotou uma estratégia para neutralizar os sindicatos que incluía a liberação de fundos para os convênios médicos controlados pelos sindicatos e um pacto para congelar as demissões. Porém, os sindicatos afirmam que as empresas não cumpriram o pacto e ressaltam que setores como o de calçados e brinquedos estão agonizando. El País

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