MEIO AMBIENTE

Produção de salmão no Chile ameaça vida marinha

Setor é uma grande ameaça para o ecossistema oceânico em áreas como o norte da Patagônia (Foto: Pixabay)

O Chile é o segundo maior produtor de salmão do mundo e fornece o peixe para consumidores do Japão, Estados Unidos, Espanha e Brasil

No país, porém, a produção de salmão se tornou sinônimo de uso de toxinas e antibióticos que ameaçam o ecossistema oceânico em áreas como o norte da Patagônia, onde danos gerados pelas empresas do setor foram bem documentados.

Agora, os produtores de salmão querem fazer do Estreito de Magalhães o novo principal centro de produção do peixe mais popular do mundo. Já existem mais de 100 viveiros operando no local, principalmente em áreas declaradas como parques e reservas nacionais, e pedidos para mais 342 licenças estão sendo processados.

Alicia Gallardo, diretora do Serviço Nacional de Pesca, disse que as águas mais geladas da região são melhores para o salmão e reduzem drasticamente a necessidade de antibióticos, apesar de ainda precisarem de pesticidas para combater piolhos marítimos e outras pestes. “O futuro da produção de comida está no Chile. E é responsabilidade do país produzir comida de qualidade de uma maneira sustentável’, diz Gallardo.

Ainda que não haja evidências conclusivas, alguns biólogos marinhos acreditam que pode haver uma forte conexão entre as toneladas de resíduos de proteína jogados no oceano na forma de salmões mortos, fezes e comida do peixe, e o crescimento da chamada “maré vermelha” no Chile, composta por uma alga tóxica que mata mamíferos marinhos, moluscos e peixes, incluindo o salmão.

“Há uma relação provada entre a maré vermelha e a formação de amônia, que é o resultado da decomposição de material orgânico”, alertou o professor Tarsicio Antazana, um biólogo marinho e oceanógrafo.Aljazeera

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