TERRORISMO EM LONDRES

Isis reivindica responsabilidade pelo ataque em Londres

Polícia britânica faz varredura no local do ataque em busca de provas (Foto: Abr via EPA/Lusa)

Às 14h40 (horário local de Londres) do dia 22 de março, aniversário do ataque terrorista no aeroporto de Bruxelas no ano passado, o britânico Khalid Masood, de 52 anos, usou seu carro como arma letal, atropelando pessoas na famosa Ponte Westminster, em Londres. Em seguida, Masood derrubou uma grade em frente ao Parlamento e matou um policial com uma grande faca de cozinha antes de ser morto a tiros por outros policiais no local. Quatro pessoas foram mortas, incluindo o terrorista, e cerca de 40 feridas. O ataque em Londres foi precisamente do tipo que as autoridades de segurança britânicas antecipavam, mas que sabiam ser extremamente difícil de evitar. Oito pessoas foram presas até agora.

Nesta quinta-feira, 23, a primeira-ministra, Theresa May, confirmou a nacionalidade britânica do terrorista e disse que ele havia sido investigado “há alguns anos” pelo serviço secreto, mas que não estava sendo monitorado ativamente. Apesar de ter uma longa ficha criminal, Masood não estava nem entre os 3 mil habitantes da cidade considerados mais suscetíveis à radicalização e à violência.

Ainda na manhã desta quinta-feira, o Estado Islâmico (Isis) reivindicou a responsabilidade pelo ataque em Londres. O grupo divulgou uma declaração através de sua agência de notícias Amaq, que usa para difundir propaganda, descrevendo o terrorista como “um soldado do Estado Islâmico”. A reivindicação não pôde ser verificada. Não está claro se o grupo articulou o ataque ou se apenas o inspirou.

Armas letais ao alcance de todos

Militantes recorrem cada vez mais a atropelamentos para incitar o terror porque é uma forma barata e fácil de matar civis, além de ser difícil de evitar.

Especialistas dizem que a tática não é uma novidade, principalmente no Oriente Médio, mas que ela tem se tornado mais comum no Ocidente nos últimos anos. A estratégia evita a necessidade de obter qualquer explosivo ou armas e pode ser executada por um indivíduo atuando sozinho, sem a necessidade de uma rede de apoio militante, o que reduz o risco de levantar qualquer suspeita. Essa modalidade improvisada de terrorismo é promovida pelo Estado Islâmico.

Em dezembro do ano passado, um refugiado na Alemanha dirigindo um caminhão matou 12 pessoas em um mercado a céu aberto em Berlim. Em julho do ano passado, uma pessoa matou 86 pessoas usando um caminhão para atropelar civis que participavam de um desfile pelo Dia da Bastilha em Nice, na França. Em novembro, um estudando usou um carro e facas para ferir 13 em um campus universitário em Ohio.The Guardian

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação