CENSURA - Justiça proíbe mídia de abordar extorsão a Marcela Temer

Censura ocorreu a pedido do Palácio do Planalto (Foto: Agência Brasil)

A Justiça de Brasília censurou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo sobre a tentativa de extorsão feita por um hacker contra primeira-dama Marcela Temer.

A reportagem cita o conteúdo das chantagens feitas a Marcela pelo hacker Silvonei José de Jesus Souza, que clonou o celular da primeira-dama obtendo áudios de conversas e fotos íntimas. O conteúdo foi citado na reportagem da Folha e replicado logo depois, pelo jornal Globo.

A pedido do Palácio do Planalto, o juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, proibiu os jornais e outros meio de comunicação de divulgar o conteúdo sob “pena de multa de R$ 500.000,00 por acesso no site e edição vendida”. A decisão do juiz foi tomada em caráter de urgência na última sexta-feira, 11, horas após a Folha de S. Paulo divulgar a reportagem. Tanto a Folha como o Globo suprimiram o conteúdo do texto após a decisão.

Marcela Temer teve o celular clonado no ano passado e foi alvo de chantagens entre os dias 4 e 8 de abril. Silvonei foi preso no dia 11 de maio. Em 24 de outubro, ele foi condenado a cinco anos e 10 meses em regime fechado por extorsão e estelionato. Ele cumpre pena na penitenciária de Tremembé.

A prisão do hacker teve forte participação de Alexandre de Moraes, na época secretário de Segurança Pública de São Paulo e atual indicado de Michel Temer para assumir o lugar de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a reportagem censurada da Folha, o empenho pessoal de Moraes foi crucial para a decisão de Temer de indicá-lo para o STF. A indicação de Moraes também teve grande apoio da primeira-dama.FOLHA

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