CONSTRUÍDOS ENTRE 2011 e 2014

Auditoria identifica falhas em imóveis do Minha Casa Minha Vida

Beneficiários reclamam de alagamentos e mau funcionamento da iluminação externa (Fonte: Reprodução/Agência RBS)

O Ministério da Transparência identificou falhas em 48,9% dos imóveis destinados ao público mais carente do Minha Casa Minha Vida que foram construídos entre 2011 e 2014.

Os imóveis fiscalizados, referentes à faixa 1 do programa, que contempla famílias que ganham até R$ 1,8 mil, apresentaram algum problema ou incompatibilidade em relação ao projeto original. De um total de 688 empreendimentos, 336 — que concentram quase 93 mil unidades — apresentaram falhas de execução.

Entre os principais problemas identificados estão trincas e fissuras (30,8%), infiltração (29%), vazamentos (17,6%) e cobertura (12,3%).

Um mesmo imóvel pode apresentar mais de um dos problemas identificados, sendo que a grande maioria está relacionada com falhas ou deficiências causadas por incidência de água.

Na faixa 1 do programa de habitação Minha Casa Minha Vida os subsídios alcançam mais de 90% do valor do imóvel. Foram selecionados um total de 203 empreendimentos em 20 estados, que totalizam investimentos de R$ 2,2 bilhões. A amostra permitiu uma análise de todos os 688 empreendimentos, que representam quase a metade do total de conjuntos habitacionais do programa, com 95% de nível de confiança. A União desembolsou ao todo R$ 8,3 bilhões.

Além disso, quatro em cada dez empreendimentos não seguiram totalmente as especificações dos projetos. Em relação aos condomínios, os principais problemas identificados foram relacionados à pavimentação e à falta de “equipamentos comunitários”, como escolas, postos de saúde e calçadas inapropriadas, além de falhas na rede de drenagem e na rede de esgoto sanitário.

Embora reclamem principalmente de alagamentos e mau funcionamento da iluminação externa, a maioria dos beneficiários entrevistados afirmou estar satisfeito com o imóvel e o empreendimento.

A auditoria identificou falhas consideradas graves em 20 dos 195 empreendimentos fiscalizados in loco.

O Ministério das Cidades afirmou em nota que “as resoluções vêm sendo tratadas entre o ministério e a Caixa”. O banco ressaltou que o programa está em constante aprimoramento e que já está tratando as medidas citadas no relatório.ISTO É

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