BOLÍVIA - Evo Morales vai disputar quarto mandato em 2019

'Se o povo decidir seguir com Evo, continuaremos a derrotar a direita e seguiremos o nosso processo', disse Morales (Foto: Jose LIrauze/ABI)

O presidente da Bolívia Evo Morales disputará o quarto mandato nas eleições de 2019, com apoio do seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS). A candidatura contraria o resultado do referendo realizado em fevereiro deste ano, que negou a possibilidade do presidente exercer mais um mandato.

“Se o povo decidir seguir com Evo, continuaremos a derrotar a direita e seguiremos o nosso processo”, disse Morales, após o MAS aprovar por unanimidade a sua candidatura em um congresso do partido.

O primeiro presidente indígena da Bolívia foi eleito em 2005, e depois se reelegeu em 2009 e 2014. Caso vença novamente as eleições, permanecerá no poder até 2025 e se tornará o presidente boliviano que mais tempo permaneceu no poder.

No entanto, para que Morales se mantivesse à frente do país até os dias de hoje, foi necessária uma revisão na Constituição, já que só são permitidos dois mandatos consecutivos na Bolívia. Nas eleições de 2014, sua candidatura foi sustentada com base na reforma constitucional de 2009, que transformou o país em um Estado plurinacional em vez de uma República. Com isso, o primeiro mandato de Morales não foi contabilizado.

Para o presidente boliviano, o resultado do referendo no país foi influenciado por mentiras, após a imprensa local divulgar que Morales tinha um suposto filho com a representante comercial da companhia chinesa CAMC, Gabriela Zapata. A empresa é a principal parceira do governo e tem contratos milionários assinados.

O congresso do MAS afirmou que existem “quatro vias legais” para permitir que Morales concorra novamente à presidência. A primeira delas é a reforma parcial da Constituição Política através da coleta de assinaturas de 20% do padrão eleitoral.

A segunda opção inclui uma reforma constitucional por meio de Assembleia Legislativa, permitindo a reeleição por mais de um período de forma contínua.

Já a terceira recomenda a renúncia do presidente seis meses antes das eleições, antecipando a conclusão do mandato atual.A última se refere a um pedido ao tribunal constitucional de uma nova interpretação da Constituição Política do Estado.

Para a oposição boliviana, uma possível reeleição de Morales seria considerada inconstitucional por conta do resultado do referendo de fevereiro. “’Não’ é ‘não’”, disse o líder da oposição, Jorge Quiroga.The Guardian

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