FIM DA ‘ERA RENAN’ - Disputa pela presidência do Senado abre racha no PMDB

Eunício, Jucá e Renan são citados na Operação Lava Jato (Foto: EBC)

O recesso parlamentar começou há dez dias e só termina em fevereiro de 2017. Porém, no Senado, sossego é algo distante. Isso porque a primeira pauta da Casa na volta aos trabalhos será eleger a nova Mesa Diretora e a disputa pela presidência do Senado provocou um racha no PMDB.

Renan Calheiros (PMDB-AL) deixará a presidência do Senado, mas não quer perder o controle e influência que tem sobre a Casa. Ele pretende emplacar o senador Romero Jucá no posto (PMDB-RR) e se tornar líder do PMDB no Senado ou presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Porém, peemedebistas temem que a permanência de Renan em um posto influente do Senado intensifique a disputa entre o Legislativo e o Judiciário, acirrada após o senador se esforçar para aprovar a proposta de abuso de autoridade para magistrados e procuradores. Atualmente, a proposta está parada na CCJ.

No outro front está Eunício de Oliveira (PMDB-CE), atual líder da bancada do PMDB no Senado. Nos últimos dias, ele tem se dedicado a fazer contatos para garantir apoio a sua candidatura. Ele firmou um acordo com parlamentares do PSDB e do PT. Os tucanos ficariam com a vice-presidência do Senado, enquanto os petistas levariam a primeira secretaria. Os nomes cogitados para os postos são Paulo Bauer (PSDB-SC) e José Pimentel (PT-CE).

Eunício, Jucá e Renan são citados na Operação Lava Jato. Eles aparecem na planilha de propinas e caixa dois da Odebrecht com os codinomes “Justiça” (Renan), “Índio” (Eunício) e “Caju” (Jucá). A permanência em um posto alto do Senado garantiria mais força aos três para a defesa contra as acusações de envolvimento em corrupção.Congresso em Foco

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