NATAL - A magia do Natal existe, assim como o espírito natalino


Casas enfeitadas, músicas alegres, comida farta e atos de solidariedade são elementos essenciais para se preparar para o Natal. Em dezembro, mensagens de amor ao próximo enchem o coração da população, mas, na verdade, pesquisadores dinamarqueses descobriram que o espírito natalino não está necessariamente no peito, e, sim, no cérebro. Em um estudo publicado no jornal científico britânico The BMJ, uma equipe de investigadores do Rigshospitalet, hospital afiliado à Copenhagen University, deu os primeiros passos para localizar o tal espírito de Natal na mente humana. Usando uma máquina de ressonância magnética, eles mapearam quais as regiões do cérebro são ativadas nesta época do ano.

A pesquisa nasceu da vontade de ajudar pessoas que não conseguem entrar no clima festivo. “Em todo o mundo, estima-se que milhões de pessoas são propensas a exibir deficiências no ‘espírito de Natal’, depois de muitos anos celebrando esse dia”, explicam os pesquisadores. “Nós chamamos isso de síndrome do ‘Bah! Humburg!’ — que pode ser traduzido como ‘síndrome da farsa’, nome que faz referência ao personagem Ebenezer Escrooge, criado por Charles Dickens, que acredita que o Natal é uma mentira comercial. A localização precisa desse espírito é um passo fundamental para ajudar esse grupo de pacientes”, afirmam.

Para o estudo, os pesquisadores recrutaram 20 voluntários dinamarqueses. Metade (oito homens e duas mulheres) foram catalogados como celebradores da festa. Os outros (mais uma vez, oito homens e duas mulheres) foram classificados como pessoas sem afinidade com a data. Os voluntários foram submetidos à ressonância magnética funcional de seus cérebros, enquanto assistiam a uma série de 84 imagens, usando um óculos de vídeo. Algumas das imagens evocavam a época do ano, como as ceias e ambientes com decorações típicas.


Segundo o psicólogo Vladimir Melo, muitos sentimentos atrelados a essa época podem ter relação com as lembranças da infância ou com acontecimentos marcantes. Ele ainda acrescenta que o estágio da vida da pessoa também é algo que deve ser levado em consideração na hora de avaliar as emoções experimentadas no Natal. “O início de uma família, por exemplo, pode ser um momento propício para cultivar a imagem de Papai Noel e o hábito de dar presentes”, esclarece o psicólogo. E mesmo que o costume de celebrar não seja muito forte na família, ele garante que ainda há um grande apelo social e comercial da data, o que torna quase praticamente impossível se manter completamente indiferente às comemorações.CB

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação