CONTRA BOATOS -Facebook vai lançar ferramenta para identificar notícias falsas
Após diversas críticas de que o Facebook não fez nada para impedir a circulação de notícias falsas durante a campanha presidencial dos Estados Unidos, a rede social anunciou, na última quinta-feira, 15, que vai lançar ferramentas para evitar que boatos se espalhem pela plataforma. Por enquanto, elas estão em fase de teste, por isso só estão disponíveis para alguns usuários dos Estados Unidos.
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, publicou em seu perfil como as ferramentas vão funcionar. “Quando muita gente nos informar que uma história é um boato, vamos enviá-la para organizações externas especializadas em verificar os fatos para que a estudem. Se estiverem de acordo que a história é falsa, vocês verão uma bandeira ao lado da história indicando que foi colocada sob suspeita.”
A rede social vai trabalhar em conjunto com organizações que checam informações, chamadas de fact-checking, em inglês. Entre elas, estão Poyter Institute´s International Fact Checking Network, que já é parceira do Facebook, PolitiFact, Snopes e FactCheck.org, e com ABC News e Associated Press.
Os artigos considerados falsos pelas organizações não vão ser eliminados do site, mas vão receber uma espécie de aviso indicando que aquele post é “questionado por terceiros”. Além disso, haverá um link para um texto da companhia de fact-checking explicando o motivo. Uma vez marcados como questionados, os artigos não vão poder mais ser promovidos (quando as empresas pagam para que o conteúdo apareça para mais gente).
“Vejo o Facebook como uma empresa de tecnologia, mas reconheço que temos mais responsabilidade do que apenas construir a tecnologia por onde flui a informação. Apesar de não escrevermos as notícias que vocês leem e compartilham, reconhecemos que somos mais do que um simples distribuidor de notícias”, disse Zuckerberg.
O Facebook também vai bloquear sites publicitários que simulam páginas de notícias. Esta é uma tática muito usada por quem faz dinheiro com a propagação de boatos como a falsa notícia da morte de uma pessoa famosa.El País/O GLOBO
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