CRISE E OPORTUNIDADE - Liberais devem enxergar 2016 como uma chance de renovação
Liberalismo foi criado em oposição ao absolutismo e ao despotismo do século XIX (Foto: Wikipedia)
Para alguns liberais, o ano de 2016 representa um retrocesso para economias e sociedades abertas, nas quais o livre comércio de bens e capitais, o trânsito de pessoas e a troca de ideias são encorajados e considerados liberdades universais a serem protegidas.
O Brexit, a eleição de Donald Trump nos EUA, o abandono da Síria à própria sorte e a marcha da Polônia e da Hungria em direção a um sistema antiliberal são frutos desse retrocesso. Enquanto a globalização se tornou um insulto, o nacionalismo, e até mesmo o autoritarismo, floresceram.
Confrontados com essa realidade, muitos liberais entraram em desespero e passaram a alertar para o fim da democracia. Porém, essa não é a forma correta de enxergar os fatos. Em vez de fugir do confronto de ideias, os liberais deveriam aproveitar a chance de desfrutá-lo.
As últimas duas décadas foram muito fáceis para o liberalismo. A doutrina liberal se sobrepôs ao colapso da União Soviética e se acomodou. Diante da crescente desigualdade econômica, os mais abastados se convenceram de que viviam em uma meritocracia e que seu sucesso era merecido.
Após tanto tempo no comando, os liberais deveriam ser os primeiros a prever o retrocesso. Como uma junta de crenças criada em oposição ao absolutismo e ao despotismo do século XIX, o liberalismo alerta que o poder ininterrupto corrompe. Privilégios são autoperpetuados e o consenso toma o lugar da criatividade e da iniciativa. Num mundo em constante mudança, discussões de argumentos não são apenas invitáveis: são bem-vindos porque levam à renovação.
Seria isso possível após 2016? Tudo indica que sim. O Brexit e a gestão Trump prometem ser onerosos e prejudiciais. Este ano representa a demanda por mudança e não se deve esquecer a capacidade de renovação dos liberais.The Economist
Para alguns liberais, o ano de 2016 representa um retrocesso para economias e sociedades abertas, nas quais o livre comércio de bens e capitais, o trânsito de pessoas e a troca de ideias são encorajados e considerados liberdades universais a serem protegidas.
O Brexit, a eleição de Donald Trump nos EUA, o abandono da Síria à própria sorte e a marcha da Polônia e da Hungria em direção a um sistema antiliberal são frutos desse retrocesso. Enquanto a globalização se tornou um insulto, o nacionalismo, e até mesmo o autoritarismo, floresceram.
Confrontados com essa realidade, muitos liberais entraram em desespero e passaram a alertar para o fim da democracia. Porém, essa não é a forma correta de enxergar os fatos. Em vez de fugir do confronto de ideias, os liberais deveriam aproveitar a chance de desfrutá-lo.
As últimas duas décadas foram muito fáceis para o liberalismo. A doutrina liberal se sobrepôs ao colapso da União Soviética e se acomodou. Diante da crescente desigualdade econômica, os mais abastados se convenceram de que viviam em uma meritocracia e que seu sucesso era merecido.
Após tanto tempo no comando, os liberais deveriam ser os primeiros a prever o retrocesso. Como uma junta de crenças criada em oposição ao absolutismo e ao despotismo do século XIX, o liberalismo alerta que o poder ininterrupto corrompe. Privilégios são autoperpetuados e o consenso toma o lugar da criatividade e da iniciativa. Num mundo em constante mudança, discussões de argumentos não são apenas invitáveis: são bem-vindos porque levam à renovação.
Seria isso possível após 2016? Tudo indica que sim. O Brexit e a gestão Trump prometem ser onerosos e prejudiciais. Este ano representa a demanda por mudança e não se deve esquecer a capacidade de renovação dos liberais.The Economist
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