EDUCAÇÃO - Vale do Silício ganha universidade sem professores

O programa deve durar de três a cinco anos (Divulgação/Universidade 42)

A Universidade 42, referência ao clássico de ficção científica “O Guia do Mochileiro das Galáxias” de Douglas Adams, agora vai ter um campus no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

O primeiro campus foi criado em Paris, em 2013, pelo empresário Xavier Niel. Muitos alunos que lá se formaram, hoje trabalham em empresas como IBM, Amazon e Tesla. A universidade combina ensino colaborativo com aprendizagem por projetos. Os alunos podem escolher projetos, como criar um site ou um jogo de computador. Todos trabalham lado a lado, em uma sala ampla, com várias fileiras de computadores e se ajudam entre si. A avaliação é feita por outro colega, escolhido aleatoriamente.

Como em um jogo, os estudantes vão avançando no curso em níveis ou fases. Eles se formam ao atingir o nível 21, o que geralmente leva de três a cinco anos. Ao concluir o curso, recebem um certificado.

“O retorno que temos recebido dos empregadores é que os jovens que formamos são mais preparados para buscar informações por si mesmos, por exemplo, sem precisar perguntar ao supervisor o que devem fazer,” diz Brittany Bir, chefe de operações da 42 na Califórnia e ex-aluna no campus de Paris.

Segundo ela, o método é indicado para pessoas muito disciplinadas e confiantes, que não se intimidam com a liberdade de trabalhar no seu próprio ritmo.

Dan Butin, reitor da escola de educação e política social do Merrimack College de Massachusetts, nos EUA, no entanto, acha que a universidade 42 foi longe demais ao abolir os professores. “A razão decisiva para a existência de um professor é orientar os estudantes no enfrentamento de assuntos complexos, ambíguos e que geralmente escapam a sua capacidade de entendimento”.BBC

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