TRUMPISMO - EUA regidos por ideais de supremacia branca e patriarcal

O trumpismo linha dura está se consolidando (Foto: Flickr/Gage Skidmore)

Um artigo publicado nesta segunda-feira, 21, no New York Times, alerta para a guinada dos EUA em direção a um país regido por políticas de extrema direita, patriarcais e elaboradas por e para brancos.

Intitulado “Make America White Again” (Torne a América Branca Novamente, em inglês), o texto chama atenção para as escolhas de Donald Trump para seu governo de transição e como elas colocam os EUA em rota contrária aos ideais de democracia liberal que até então eram a base do país.

“Muitas decisões tomadas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciam um amanhã sombrio para qualquer um que guardava esperança de que ele seria um homem diferente e melhor do que foi em campanha. […] O trumpismo linha dura não está suavizando; está se consolidando”, diz o texto.

Segundo o artigo, os nomes escolhos por Trump deixam nítido às mulheres e às minorias de que este será um governo hostil a seus interesses. O artigo, em seguida, lista alguns nomes escolhidos por Trump.

O primeiro é Stephen Bannon, um nacionalista machista, antissemita e pró-supremacia branca, como estrategista chefe da Casa Branca. Em seguida, o texto cita a escolha de Michael Flynn como conselheiro de Segurança Nacional. Flynn é conhecido pelo seu viés islamofóbico. Em algumas de suas declarações, ele disse que é natural ter medo de muçulmanos e que há um “componente doentio” no islã.

Um artigo da revista New Yorker ressaltou que Flynn é entusiasta de Mike Cernovich, um controverso escritor americano que em seu blog sustenta “que homens são oprimidos pelo feminismo e que o politicamente correto impede a discussão de coisas óbvias, como a inclinação de algumas etnias ao crime”.

Além disso, há a escolha do senador republicano Jeff Sessions como procurador-geral dos EUA. Em 1986, Sessions se tornou o segundo nome da história dos EUA a ter a nomeação para o Comitê Judiciário do Senado rejeitada por conta de seu comportamento e seus comentários racistas. A primeira vez que isso ocorreu foi em 1938, quando o senador Floyd H. Roberts foi rejeitado.

O artigo do ‘NYT’ finaliza afirmando que Trump vem concretizando ativamente sua visão do que os EUA deveriam ser, e ela não aponta para um país mais inclusivo. Ela segue em direção a uma sociedade guiada pela intolerância racial, que visa defender, exaltar e consagrar a supremacia branca patriarcal e sua hostilidade em relação a todos “os outros”.The New York Times

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