ESTUDO

Pessoas solitárias preferem produtos com rostos na embalagem

Pessoas solitárias têm mais afinidade com marcas que levam rostos humanos em seus produtos (Foto: Flickr)

Pessoas solitárias são mais propensas a comprar produtos que têm rostos humanos na embalagem. É o que indica um estudo no European Journal of Social Psychology. De acordo com os cientistas, essas marcas ajudam a preencher um vazio social na vida dessas pessoas.

“Imagens podem preencher um vazio para esses consumidores com poucas conexões sociais. Quando as pessoas veem esses rostos em produtos, a afinidade com a marca cresce”, afirma Bettina Cornwell, professora de marketing da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos.

Em um dos testes feitos neste estudo, os cientistas criaram um conjunto de 18 desenhos que incluíam produtos com embalagens com e sem rostos humanos – todas de marcas fictícias e com slogans próprios. Nesse teste, os participantes teriam que responder perguntas sobre a marca, as imagens e sobre elas mesmas.

O teste mostrou um efeito significativo na afinidade com a marca quando os participantes viram um rosto na embalagem. Também foi identificada uma ligação clara entre altas taxas de solidão, a tendência de imaginar um rosto em um desenho não-facial e a simpatia da marca. Outro teste foi feito com garrafas de vinho e os mesmos resultados foram registrados.

As descobertas do estudo estão enraizadas na necessidade humana de pertencer e no desejo de formar e manter relacionamentos. Isso indica que uma pessoa com poucas interações sociais procura preencher esse vazio de outras formas, incluindo através do que elas compram.

“Pesquisas anteriores relacionavam nossa necessidade por conexões sociais com o comportamento e julgamento do consumidor, mas pouco se entendia sobre o papel que as imagens têm nas conexões sociais e na afinidade com a marca”, afirma o autor principal do estudo, o cientista Ulrich R. Orth, da Universidade de Kiel, na Alemanha.

De acordo com os autores do estudo, o rosto presente na embalagem não precisa estar sorrindo para criar essa afinidade. Segundo eles, os consumidores conseguem imaginar características humanas em imagens não-humanas, em um processo conhecido como “antropomorfismo”.Quartz

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