PESQUISA - Micropartículas plásticas são encontradas em peixes

Pessoas podem estar ingerindo polímeros tóxicos sem saber (Foto: Pixabay)

Segundo um novo estudo de cientistas da Malásia e da França, os humanos podem estar comendo sem saber micropartículas plásticas, já que elas estão entrando na carne dos peixes.

A equipe descobriu um total de 36 pequenos pedaços de plástico nos corpos de 120 peixes das espécies carapau, anchova, tainha e corvina. Os cientistas alertaram que como o plástico atrai toxinas no ambiente, esse veneno pode ser liberado no corpo das pessoas depois que eles comerem o peixe. Os plásticos encontrados incluem nylon, poliestireno (mais conhecido pela marca “Isopor”) e polietileno.

Os cientistas explicaram no jornal científico Science Reports, que os microplásticos nos peixes acabaram contaminando uma diversa gama de espécies, incluindo aqueles que são vendidos para consumo humano como mariscos e mexilhões.

A equipe indicou que as pessoas que comem estes peixes, que frequentemente são desidratados e vendidos na Malásia e em países vizinhos, podem consumir até 246 pedaços de microplástico por ano. No entanto, eles acrescentaram que como a maioria dos peixes testados no estudo não continham microplástico, é menos provável que um indivíduo ingira o número máximo estimado por ano.

Os pesquisadores também disseram que não está claro se as partículas realmente carregam químicos tóxicos. Logo, ainda não possível avaliar os riscos de saúde associados ao consumo de peixes desidratado no momento. No entanto, eles sugerem que o nível de contaminação deve ser monitorado.

Outros estudos sugerem que mariscos devem ser uma fonte maior ainda de microplástico na dieta humana. Os pesquisadores indicaram que já foi estimado que os principais consumidores europeus de mariscos devem consumir até 11 mil pedaços de microplástico por ano.Independent

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